Sexo não é apenas um tema muito debatido em nossa cultura, como também está presente nas mentes da maioria dos casais apaixonados. É um desejo natural, dado por Deus – um dom com a intenção de nos dar prazer e expressar nossa intimidade.

Mas tinha Deus um plano em mente para o sexo? Quais são as liberdades e diretrizes? Vamos olhar para as Escrituras para encontrar algumas respostas para estas perguntas.

Em primeiro lugar, Deus pretendia que o sexo fosse apreciado entre um homem e uma mulher em casamento. Deus criou Eva para Adão porque Adão precisava de uma companheira comparável a ele. Ele precisava de companheirismo, relacionamento e intimidade. Então, Deus escolheu o casamento como uma relação sagrada e honrosa para atender a essas necessidades (Gênesis 2: 23-25).

Em segundo lugar, por toda a Escritura somos ordenados a evitar todas as formas de imoralidade sexual (Atos 15:29; Romanos 1:29; 1 Coríntios 6: 13-18; Gálatas 5:19; 1 Tessalonicenses 4: 3). No antigo testamento fica claro que Deus está preocupado com a pureza sexual (Deuteronômio 22). No Novo Testamento, Paulo disse que satisfazer as paixões ardentes antes do casamento não é uma opção para o crente (1 Coríntios 7: 2,8-9).

Em terceiro lugar, quando apreciamos o corpo de outra pessoa (física ou mentalmente) para o prazer sexual fora do casamento, somos culpados de cobiça. Êxodo 20:17 diz: “Não cobiçarás a casa do teu próximo, não cobiçarás a mulher do teu próximo, nem o seu servo, nem a sua serva, nem o seu boi, nem o seu jumento, nem coisa alguma do teu próximo.” Cobiçar significa “desejar, ter o prazer de, e deliciar-se.” A questão é que você não pode tomar o que não é seu. Você não pode ter prazer ilegítimo através do que não pertence a você. Deve-se perguntar: “Estou egoisticamente deliciando-me (cobiça) com o que não é meu?” Nossos corpos pertencem a Deus e ao nosso cônjuge (1 Coríntios 06:19; 7: 4).

Por fim, como seguidores de Cristo, devemos governar todos os nossos comportamentos, decisões e pensamentos com o princípio do amor (Mateus 22: 37-40). O que significa amar o seu namorado ou sua namorada?  Amá-lo(la) significa colocar o bem-estar desta pessoa, tanto em curto prazo como em longo prazo, acima de seus próprios desejos. Amar é respeitar e proteger (1 Coríntios 13: 4-7). Devemos testar as nossas intenções e ações perguntando-nos algumas perguntas: “Estou realmente procurando fazer o que Deus quer que eu faça?” “Estou colocando o bem-estar do meu namorado ou minha namorada acima dos meus desejos, amando, assim, esta pessoa?” “Como é que o meu namoro lida com o teste do amor?”

O mundo quer nos fazer crer que o sexo antes do casamento não tem problema. Mas sem o compromisso do casamento, o sexo é uma ilusão rasa de intimidade. É nada mais do que a estimulação erótica e / ou uma fuga temporária da solidão. É basicamente egoísta. Consequentemente, muitas vezes se torna um meio de manipular e controlar os outros. Isso leva facilmente para as estranhas perversões da sexualidade que nós, como pecadores, pessoas desesperadas estão propensas.

Isto está longe de ser o que Deus pretendia para Seus filhos. Deus nos ama e quer o melhor para nós. Deus nos deu todas as coisas boas para desfrutar, sexo incluído (João 13:34; Tiago 1:17). Então, como é que podemos desfrutar melhor da nossa sexualidade? Dentro da segurança de um relacionamento conjugal comprometido. Dentro de um casamento amoroso existe uma garantia, responsabilidade e um compromisso para trabalhar no relacionamento quando os tempos estão difíceis.

Você pode se perguntar: “Até onde posso ir antes do casamento?” Exceto para a relação sexual, as Escrituras não descrevem especificamente o que é e o que não é proibido. Isso Deus deixa nos decidir, tendo em conta os princípios acima. No entanto, é aconselhável nos preparar antes de entrar em um relacionamento romântico.

Em primeiro lugar, defina seus padrões agora! Não espere por um momento apaixonado para decidir o que está fora dos limites. Mãos dadas, abraços e beijos são todas expressões naturais de amor verdadeiro e genuíno cuidado para com uma pessoa. Se um toque como este não lhe causa cobiça e é feito com respeito à outra pessoa, ele pode ser considerado um toque apropriado. Há, expressões físicas, no entanto, mais íntimas que devem ser reservadas para um casal. Eles são projetados para estimular e excitar e culminar em relações sexuais. Essas atividades devem ser evitadas por um casal de namorados ou noivos porque o seu propósito é preparar o corpo para o sexo. Exemplos destas atividades são acariciar dos seios ou genitais, beijos pesados e apaixonados, carícias, agarrações e sexo oral. Esta lista não é conclusiva. Se ao tocar outra pessoa causa a sua cobiça, ou se defrauda essa pessoa, é hora de recuar.

Em segundo lugar, ouça a voz dentro de você! Se você está fazendo algo ou estão em uma situação que está lhe causando sentir-se desconfortável, culpado ou violado, ouça esses sentimentos. Eles estão lá por uma razão. Porque há uma tendência natural dentro de cada um de nós para nos proteger, os sentimentos que temos são indicadores de “alerta precoce” que pode estar ocorrendo danos pessoais. Precisamos confiar em nossos sentimentos, falar, e praticar o exercício de ouvir esta “voz”.

Em terceiro lugar, imagine que a pessoa que você está namorando é o seu futuro companheiro ou sua futura companheira. Isso não é tão difícil. Mas agora imagine esta pessoa com outra pessoa saindo juntos como namorados. Como você iria querer que essa ocasião se desenrolasse? Quão longe você iria querer que o relacionamento sexual procedesse? Que tipo de atividades estariam fora dos limites, então? Agora pense na pessoa que você está no momento, como o companheiro futuro ou companheira futura de uma outra pessoa. Como você vai deixar esta pessoa? Um pouco usada? É assim que você quer seu parceiro ou parceira em potencial? Como você quer que sua irmã seja tratada por seu namorado ou noivo? Como você quer que o seu irmão aja como namorado ou noivo? Este pequeno exercício coloca o nosso namoro ou noivado em perspectiva, porque todos nós temos pessoas tão especiais para nós que queremos amá-las e protegê-las. Esta é a forma como devemos abordar a pessoa que estamos namorando – como alguém especial para ser amado e honrado.

Esperar para ter relações sexuais até o casamento pode ser difícil. Somos muitas vezes tentados a escolher o que vai nos dar prazer imediato. Um homem e uma mulher que são tentados a ceder aos seus fortes desejos sexuais irão fazer bem ao admitir sua luta diante de Deus, confiar Nele que Ele irá satisfazer as suas necessidades, e usar a sabedoria e auto-controle para não cair na armadilha do sexo pré-matrimonial.

Será que Deus ainda nos amará, se escolhermos o caminho que conduz para longe dele? Será que ele vai nos perdoar se não tivermos vivido até então seu padrão de pureza? É claro – nós todos lutamos para viver uma vida que alcance os padrões de Deus. Davi é um bom exemplo de um homem que cedeu à tentação do sexo fora do casamento (2 Samuel 11: 3-12: 20). Ele e Bate-Seba, a mulher de Urias, tiveram relações sexuais. Davi mentiu e cometeu um assassinato para tentar cobrir seus rastros. Depois que ele foi confrontado com seu pecado pelo profeta Natã, ele se arrependeu e Deus o perdoou. No entanto, Davi ainda tinha que viver com as consequências de suas escolhas. Ele tinha que viver com o fato de que ele tinha assassinado um homem. A reputação de Davi foi irremediavelmente prejudicada, seu filho morreu, e sua casa foi colocada em desordem. Davi sofreu muito por causa da sua escolha em ter relações sexuais com Bate-Seba. Como você vai escolher viver?

Fonte: http://questions.org/attq/why-should-christians-wait-for-marriage-to-have-sex/