Alguns anos atrás, compareci a um casamento interessante. Fui especialmente surpreendido pela criatividade da cerimônia. A noiva e o noivo tinham desenvolvido ideias com o pastor para inserir elementos novos e empolgantes no culto, e eu gostei daqueles elementos. Contudo, no meio da cerimônia, eles incluíram porções da cerimônia de casamento clássica e tradicional. Quando comecei a ouvir as palavras da cerimônia tradicional, minha atenção foi despertada e fiquei comovido. Lembro-me de ter pensado: “Não há como melhorar isso, pois as palavras são tão belas e significativas”. Uma grande quantidade de reflexão e cuidado foi colocada nessas velhas e familiares palavras.
Hoje, é claro, muitos jovens estão não apenas dizendo “não” para a tradicional cerimônia de casamento, como também estão rejeitando o próprio conceito do casamento. Mais e mais jovens estão vindo de lares rachados e, como resultado, têm medo e desconfiança quanto ao valor do casamento. Então vemos casais vivendo juntos ao invés de se casarem, por medo de ser grande demais o custo de tal comprometimento. Eles temem que isso os torne vulneráveis demais. Isso significa que uma das mais estáveis e, costumávamos pensar, mais permanentes tradições de nossa cultura está sendo desafiada.
Uma das coisas que eu mais gosto na cerimônia tradicional de casamento é que ela inclui uma explicação para o motivo da existência de algo como o casamento. Nos é dito, naquela cerimônia, que o casamento é ordenado e instituído por Deus — isso significa dizer que o casamento não simplesmente brotou arbitrariamente de convenções sociais ou tabus humanos. O casamento não foi inventado por homens, mas por Deus.