O que faz uma mulher ser bonita?

Nossa sociedade está obcecada com a beleza exterior! Mas será que há mais beleza além do que aquela que preenche os olhos?

Vivemos em uma sociedade que coloca um alto grau de importância na aparência física. Televisão, filmes, revistas e outdoors, todos exibem pessoas atraentes. Vemos homens e mulheres (mais mulheres) correndo para cirurgiões plásticos, para realizarem tipos diferentes de procedimentos feitos simplesmente para melhorar a sua aparência. A nossa sociedade é obcecada com a beleza física e muitas mulheres são apanhadas nesta obsessão também.

Mas deve a beleza realmente ser tão importante para uma mulher? É a beleza algo que uma mulher cristã deve se esforçar para obter? O que torna uma mulher realmente bela?

Uma mulher pode e deve ser bela – Deus projetou-a para ser assim. Sua pele, cabelo e outros atributos foram criados para serem suaves e atraentes e seu corpo foi formado para ser atraente e bonito para os homens. Uma mulher foi projetada para ser atraente e a maioria das mulheres quer ser bonita. No entanto, o lado físico da beleza é apenas uma pequena parte do que torna uma mulher verdadeiramente bela.

Nossa sociedade coloca uma grande ênfase no aspecto físico da beleza e negligencia os outros elementos que realmente fazem a mulher totalmente bela. Uma mulher bonita não é apenas fisicamente atraente; ela é atraente em muitas áreas diferentes. Porque a nossa sociedade tão amplamente enfatiza a natureza física da beleza, eu quero explorar com você todas as áreas que compõem a verdadeira beleza e elucidar a dimensão que falta sobre a beleza.

Beleza Exterior

Uma mulher verdadeiramente bela é fisicamente atraente. Nem todas as mulheres são dotadas de perfeição em suas características físicas, mas, felizmente, este não é o único pré-requisito para a beleza. As mulheres tendem a ter um olhar crítico sobre as suas características individuais e falhas e sinto que este é o que as torna atraentes ou não, ao passo que um homem tende a olhar para a impressão geral que uma mulher cria. O que uma mulher faz com o que ela possui e é, é muito importante no sentido de tornar-se atraente. A beleza física realmente está ao alcance de qualquer mulher.

O fator mais influente na beleza física de uma mulher é a sua saúde. Quando uma mulher é saudável, ela tem um brilho atraente. A boa saúde acrescenta mais cor no rosto e pele e ajuda a produzir mais energia. Uma dieta nutritiva e um plano de exercício equilibrado, vai ajudar uma mulher para ter esse brilho saudável. O que também irá ajudar a evitar o excesso de peso  e produzir um corpo mais atraente. Quando uma mulher está se esforçando para seguir as leis da saúde, ela aparenta e se sente mais bonita.

Outro fator fundamental da beleza feminina está em sua aparência feminina. Uma mulher deve se parecer com uma mulher, não um homem. Uma mulher pode conseguir isso através de seu vestido e penteado.

A Bíblia diz que o cabelo das mulheres deve ser mais longo do que os homens. Isso não significa que ela tem que usá-lo até os tornozelos, mas deve ser longo o suficiente para diferenciá-la de um homem. A maioria das mulheres desfrutam de escolher diferentes estilos de cabelo e de como arrumam seu penteado. O estilo de cabelo de uma mulher e seu comprimento podem contribuir para a sua atratividade.

Uma mulher fisicamente atraente é também uma que se veste modestamente. Nossa sociedade ensina as mulheres a exibir seus atributos físicos, exibindo mulheres seminuas em outdoors, revistas e a maioria dos outros meios de comunicação. Muitas mulheres sentem que elas também devem vestir desta maneira para serem consideradas atraentes. Isso não é verdade. Uma mulher completamente vestida com vestidos de forma modesta, feminina é muito atraente. Ela não só é atraente, ela ganha honra e respeito daqueles que a veem. O corpo da mulher é projetado para ser atraente e excitante para os homens e quando uma mulher está a revelar muito de si mesma em público, ela está incentivando o tipo errado de sentimentos e irá atrair o tipo errado de atenção. Uma mulher verdadeiramente bela visa o respeito na maneira como ela se veste.

Beleza Interior

Uma mulher bonita não só é admirada por sua aparência física; ela é admirada por suas qualidades interiores também. Existem muitas qualidades interiores que fazem uma mulher bonita, e para cobrir todos elas exigiria um artigo separado. No entanto, quero me concentrar em três importantes qualidades interiores que uma mulher deve possuir para se tornar verdadeiramente bela.

A mulher deve ser gentil, ela deve ser graciosa. Provérbios 11:16 nos diz que uma mulher graciosa retém honra. Quando você pensa nas mulheres que você tem em alta consideração, elas geralmente são senhoras que são bondosas, gentis, atenciosas, altruístas, etc. Elas são as mulheres que admiramos e lembramos. Em Provérbios 31:26, uma mulher virtuosa é descrita como tendo a lei da bondade em sua língua.

Bradley Gerstman, Christopher Pizzo e Rich Seldes, no livro O que os Homens Procuram, escrevem: “As mulheres ficam espantadas quando lhes dizemos o que muitos homens profissionais procuram em uma mulher, no primeiro encontro, além da química, é claro. Você está pronta para ouvir o que os homens esperam encontrar em uma mulher que eles estão saindo, pela primeira vez? Homens gostam de mulheres que são agradáveis. Os homens adoram bondade e consideração. Nós amamos as mulheres que são afáveis, flexíveis, descontraídas. A maioria dos homens não pode resistir a uma mulher doce “(página 68). As mulheres que são graciosas e bondosas são atraentes.

A mulher também deve ter bom senso. Em Provérbios 11:22, uma linda mulher que não tem discrição é comparada a um anel de ouro em focinho de porco. Se uma mulher é fisicamente atraente, mas não é discreta, ela perde em sua beleza e valor. O bom senso é necessário em muitas áreas da vida, tais como questões morais, questões de dinheiro, escolhas, decisões, lidar com os outros, trabalho, etc. A mulher que possui o bom senso é de grande valor, porque ela pode ser confiável para fazer a coisa certa.

A mulher deve continuar a crescer e melhorar seu eu interior. Provérbios 31 descreve uma mulher que é competente e capaz de fazer muitas coisas diferentes. Uma mulher que continua a crescer durante o desenvolvimento de seus talentos e habilidades é uma mulher de valor. Ela é alguém que é capaz de contribuir para os outros através destas habilidades e ela vai ser de utilidade para a sua família, a Igreja, comunidade, etc. Uma mulher que está a desenvolver o seu potencial é uma mulher atraente.

Beleza aos olhos de Deus

Uma mulher verdadeiramente bela não é só atraente por fora e por dentro, ela também é atraente para Deus. Como uma mulher olha para Deus é mais importante do que qualquer outra qualidade que possui porque um dia a sua beleza exterior vai desaparecer e sua beleza interior cessará, mas a beleza que Deus vê nela será importante quando ela estiver diante Dele. Ser bonita para Deus deve ser prioridade na lista de toda mulher. As Escrituras nos dão algumas pistas sobre o que Deus acha atraente em mulheres.

Deus valoriza um espírito dócil e tranquilo em uma mulher. Como 1 Pedro 3: 3-4 nos diz: ” 3 A beleza de vocês não deve estar nos enfeites exteriores, como cabelos trançados e joias de ouro ou roupas finas. 4 Ao contrário, esteja no ser interior[a], que não perece, beleza demonstrada num espírito dócil e tranquilo, o que é de grande valor para Deus.”. Isso significa que uma mulher nunca deve dizer nada, que ela deve ser sempre calma? Não, isso quer dizer que uma mulher não deve ter um espírito argumentativo, rigoroso e difícil. Ela não deve ser alguém que é rápida para discutir e exigir sempre que sua vontade seja feita. Ela deve ser pacífica com os outros e respeitosa com o marido. Existem várias escrituras no livro de Provérbios que falam sobre as mulheres que são raivosas e briguentas e quão difícil é viver com elas.

Há uma certa atitude entre algumas mulheres que tem suas raízes no movimento feminista e ainda é prevalente entre certos segmentos da sociedade. Esta atitude é uma profunda raiva para com os homens. Estas mulheres querem provar que são tão boas quanto os homens e que elas não precisam deles. Contraste esta atitude com o espírito manso e tranquilo, que Deus valoriza em mulheres. Uma mulher verdadeiramente bela não está em competição com os homens, ela entende o valor e os pontos fortes que eles possuem e os aprecia. Homens e mulheres ambos possuem certas qualidades que são necessárias para o outro. Quando uma mulher tem um espírito manso e tranquilo, ela é atraente para os outros e para com Deus.

Deus valoriza uma mulher que é submissa. “Submissa” não é uma palavra popular em nossa sociedade hoje. Muitas pessoas pensam que ser submisso é ser fraco. No entanto, Deus ordenou as mulheres que são casadas a submeter-se à autoridade do marido. Isso não significa que uma mulher nunca deve ter uma opinião ou tomar decisões na família. Um marido sábio consulta sua esposa em todas as questões importantes. Uma mulher que se submete ao seu marido é uma mulher que compreende e está rendendo ao governo que Deus estabeleceu em casa (Efésios 5: 22-32). Não é um sinal de fraqueza, quando uma mulher se submete a seu marido, é sim, um sinal de força. É um sinal de que ela na verdade submete-se a Deus e está obedecendo os comandos que Ele estabeleceu. É um sinal de sua fé em Deus. Quando uma mulher se submete à autoridade do marido no casamento, ela é linda para Deus.

Deus também valoriza uma mulher que o teme. Quando uma mulher está colocando Deus em primeiro lugar em sua vida e está se esforçando para fazer o que Ele ordenou, ela é atraente para Deus. Ela deve continuar a aprofundar seu relacionamento com Ele e continuar a crescer espiritualmente. Provérbios 31: 30 diz: “Enganosa é a graça e beleza é passageira, mas a mulher que teme ao Senhor, essa será louvada.”

Nossa sociedade coloca um alto valor sobre a beleza física das mulheres, mas não compreende todos os elementos que fazem uma mulher verdadeiramente bela. Toda mulher pode possuir os aspectos físicos da beleza, as qualidades interiores e aquelas que agradam a Deus.

Está ao alcance de toda mulher se tornar a mulher bonita que Deus pretende que ela seja. Ela deve ser bonita por fora, linda por dentro e, mais importante, ela deve ser bela aos olhos de Deus.

Tornando-se Ester

“Em chegando o prazo de cada moça vir ao rei Assuero, depois de tratada segundo as prescrições para as mulheres, por doze meses (porque assim se cumpriam os dias de seu embelezamento, seis meses com óleo de mirra e seis meses com especiarias e com perfumes e ungüentos em uso entre as mulheres), então, é que vinha a jovem ao rei…” Ester 2:12-13

Eu sempre fico abismada com o tipo de preparação que a futura rainha Ester teve que passar antes que fosse apta para se apresentar ao rei Assuero. Alguma de nós estaria disposta a passar por doze meses de tratamento de beleza antes de conhecer o homem dos nossos sonhos? É provável que não, mas imagine a possibilidade. Um ano separado para apenas um único propósito: Se tornar tudo o que você for capaz de ser para aquele a quem você mais ama. Tempo precioso para cultivar beleza, fazer investimentos em educação e etiqueta, fortalecer virtudes e construir caráter.

A preparação de Ester me lembra daquele precioso tempo entre o despertar do desejo no coração de uma jovem mulher de compartilhar sua vida com um companheiro e o momento de subir ao altar. Para muitas, esse tempo de preparação é visto como nada mais que um tempo de espera. Mulheres solteiras freqüentemente vêem a si mesmas como sentadas na prateleira enquanto a vida passa por elas, ou sentadas no banco enquanto outras jogam. Não percebem que estão desperdiçando o período mais importante de suas vidas, estão privando a si mesmas de grande alegria e recompensa, estão privando seus futuros maridos de uma mulher mais virtuosa e estão privando a Deus de uma serva através da qual Ele deseja fazer coisas grandiosas.

Assim como Ester teve que estar preparada antes que pudesse ser rainha de um reino inteiro, a mulher também deve estar preparada antes que possa embarcar em um dos mais importantes e difíceis chamados na vida: O matrimônio e a maternidade. Ester teve que aprender os costumes do reino em que vivia, teve que aprender as práticas da vida na corte e os desafios intelectuais, emocionais e espirituais da posição superior. Para simplificar, Ester tinha que ser convertida de uma jovem moça a uma rainha antes mesmo que ela pudesse ter o título e exercer o papel. Da mesma forma, a mulher cristã solteira deve aprender os costumes do Reino dos Céus antes mesmo que se una àquele que Deus está preparando para ela. Ela deve estar preparada intelectualmente, emocionalmente e espiritualmente, não por um oficial do tribunal em algum templo pagão, mas pelo próprio Deus, sua Palavra e outras mulheres de Deus que foram preparadas antes dela.

O celibato não é um desperdício de tempo ou uma condenação a ficar sentada no banco, mas um tempo que Deus separou especialmente para fazer da mulher o que Ele quer que ela seja, e usá-la de formas que poderiam ser impossíveis após o casamento. O celibato é um tempo no qual uma mulher deve cultivar as virtudes que pertencem a uma mulher de Deus, para assim poder oferecer ao seu futuro marido e ao mundo algo mais do que apenas um rosto bonito.

Lembre-se no seu celibato que você não é a única solteira, mas seu futuro marido está passando pelo mesmo estágio que você. Não seria terrível finalmente conhecer o homem que irá se tornar seu marido só para descobrir que ele usou seu próprio celibato para servir a Deus e preparar-se para ser um marido melhor para você, enquanto que você não usou a liberdade de seu celibato para servir ao Senhor, nem tirou vantagem alguma do treinamento que Deus lhe ofereceu? Também não seria terrível perceber que seu marido passou seus dias como homem solteiro orando diariamente pelas suas necessidades e pela obra de Deus na sua vida, enquanto você sequer orou por ele, nem respondeu à graça de Deus que lhe foi dada como um resultado das orações dele?

É algo maravilhoso quando Deus abençoa a uma mulher com um marido. Aquele alguém especial é “simplesmente perfeito” para ela ao que foi, de forma cuidadosa e pensativa, desenhado por Deus para ser um em união com ela. É tamanho o prazer para a mulher olhar para trás e lembrar como Deus a capacitou para esperar n’Ele e que Ele foi fiel em abençoá-la. É ainda maior o prazer para ela saber que seu tempo como uma mulher solteira foi também um tempo de buscar a Deus e ser fiel a Ele em seu propósito. Que não quis nem por um momento fugir daquele estado, mas desejou apenas confiar em Deus e esperar em sua graciosa soberania.

De nenhuma maneira é uma tragédia ser uma mulher cristã solteira, mas o caminho do mundo mais uma vez se infiltrou na Cristandade com a falsa idéia de que é. Uma das maiores mentiras é que se você não “tem alguém” ou não está “procurando alguém”, há algo de errado com você. Outra mentira é que a mulher solteira deveria estar namorando por aí como se procurar um marido fosse como fazer compras num shopping. Uma mentira ainda mais forte é que a mulher solteira deveria estar dando seu carinho indiscriminadamente para que se torne “mais experiente” e saiba como fazer quando finalmente encontrar o homem de sua escolha. Minha cara cristã, é uma mentira e uma afronta a Deus dizer que a experiência é a melhor professora, e apesar do lema do mundo ser “vivendo e aprendendo”, o conselho da Bíblia é “aprendendo e vivendo”. Você não precisa ter experiência, você só precisa ser conhecedora do que Deus disse e obediente a isso. Você não deveria estar procurando pelo homem de sua escolha, mas deveria estar esperando pelo homem da escolha de Deus. E quando ele vier, não serão experiências passadas que farão seu casamento funcionar, mas a castidade passada, pureza e santidade. Deveríamos esconder nossos rostos dos caminhos e experiências desse mundo perverso e buscar apenas aquilo que Deus colocou no caminho que Ele preparou para nós.

Deus sabe exatamente o que você precisa e até mesmo sabe os desejos de seu coração melhor do que você mesma. Deus ama surpresas. Ele não quer que você procure por seu marido. Ele quer trazê-lo até você, e provavelmente quando você menos esperar. Se você desobedece a esse conselho, como tantas outras mulheres antes de você, e passa a procurar por si mesma um parceiro, você pode encontrar alguém, mas as chances são de o alguém que você encontrar, não ser o certo.

Como mulheres, nossa natureza deseja a companhia e o companheirismo de um homem. Isso vem de Deus e, portanto é bom. Mas ao mesmo tempo, estamos erradas em pensar que a morte será o resultado se essa necessidade não for suprida. Necessitar de outro como companheiro não é como a necessidade de respirar. Ou seja, você pode sobreviver sem um companheiro pelo menos até que Deus tenha feito sua perfeita obra em você. Lembre-se das Escrituras: “Deus é fiel e não permitirá que sejais tentados além de vossas forças.” 1 Coríntios 10:13

Descobri que há duas razões primárias do porque alguém precisa “desesperadamente” de outra pessoa. Em primeiro lugar, é porque não conhecem a Deus como deveriam. Deus não é o Deus de todo o conforto? Cristo não é o Senhor exaltado que completa tudo em todo lugar? Então porque reclamamos sobre quão vazias e sozinhas nos sentimos? Não pode ser que Deus aumente nosso tempo de celibato para que possamos encontrar vida n’Ele e aprendamos a ser completas n’Ele? Se buscamos nos casar porque sentimos que um marido irá satisfazer nossas vidas ou irá de alguma forma nos fazer completas, seremos severamente desapontadas em nosso casamento. Nenhum homem, não importa o quão parecido com Cristo, poderia de alguma forma tomar o lugar de Deus em nossas vidas, e pensar tal coisa é pura idolatria. Se não somos satisfeitas por Deus agora e completas em Cristo no presente, então nem sequer um casamento feito nos céus será capaz de mudar nosso vazio.

A segunda razão para a desesperada necessidade de alguém em nossas vidas é o pleno egoísmo. Quando precisamos de alguém para que nos sintamos amadas, ou quando precisamos de alguém para que nossos sentimentos de solidão sejam dissipados, então estamos querendo o casamento pelas razões erradas. O matrimônio não deveria ser encarado como uma oportunidade de ter nossas necessidades conhecidas, mas de conhecer as necessidades de outro. Se não aprendemos a levar nossas necessidades a Deus, então provavelmente vamos oprimir nossos maridos com nossas próprias necessidades e sequer ter conhecimento das dele. Conheci cristãs que desperdiçaram seus dias consumidas com suas próprias necessidades e constantemente lamentando sobre o motivo de Deus não ter trazido alguém em sua vida. Mas por que Deus deveria confiar um homem de Deus a uma mulher que está absorvida em si mesma e suas próprias necessidades, e não usa a liberdade de seu celibato para servir a Deus e preparar-se para os propósitos d’Ele? Tal mulher teria pouco para oferecer a um homem de Deus!

Minha querida amiga, ser solteira, assim como ser casada, deveria ser considerado um momento muito especial e desfrutável na providência de Deus. Não deveria ser considerada uma mera circunstância ou maldição da qual deva tentar desesperadamente fugir. Ser solteira é um tempo para aprender sobre Deus e sobre nós mesmas, um tempo para descobrir quem nós somos em Cristo, e como crescer na “aparência de Cristo”. É um tempo para ser zelosa por boas obras e envolvida em ministrar para outros. Ser solteira tem uma magia própria que deve ser aproveitada, pois uma vez passado, não deve nunca mais retornar. Não há nada tão triste quanto uma mulher já casada que se arrepende por não ter feito o suficiente com sua vida enquanto era solteira. Tudo foi perdido pelo intento de se apressar em casar sem consideração pelo plano ou pela obra de Deus.

Toda fase da vida tem, por si própria, sua beleza e maravilha. Minha oração para todas as cristãs solteiras é que elas possam aproveitar seu tempo apesar das mentiras do mundo. Que elas possam ser exigentes e não ajustadas por nada menos que a perfeita vontade de Deus. Que elas possam esperar pacientemente em Deus que é o provedor de todo bom e perfeito presente. Que elas possam ser como Ester, usando qualquer tempo que Deus julgue necessário para torná-las lindas por dentro e por fora.

Um chamado à feminilidade bíblica

Devido à liberação  Feminina  moderna, o valor da mulher chega a ser equiparado com o seu papel na comunidade e no mercado, atribuindo-lhe relativamente, muito pouco valor ao papel da mulher no lar.

Hoje, não se oferece flores à mulher em reconhecimento à sua atitude reverente, modesta, casta, gentil e calada.  As mulheres raramente são aplaudidas por amar os seus maridos e filhos, por manter o lar em ordem, por cuidar dos seus pais idosos, por ser hospitaleiras ou realizar atos de bondade, serviço e misericórdia.  Em outras palavras, da-se pouca atenção aos beneficios que a Palavra de Deus diz que toda a mulher deve aspirar. (Timóteo 5:10; Tito 2:3-5)

Supunha-se que a liberação  feminina daria às mulheres, um maior sentido de satisfação pessoal e liberdade. Mas não posso  evitar sentir uma sensação de tristeza pelo que se  perdeu no meio do tumulto – ou seja, a beleza, a maravilha e o tesouro de carácter distinto da mulher.  Não nos surpreendamos que o mundo   secular esteja tão confundido acerca  do chamado da mulher. O que eu acho mais preocupante é o grau em que o feminismo se infiltrou no mundo evangélico.

 A liberação Feminina entra na Igreja.

Vemos como o feminismo moderno através do evangelismo e incentivado pelos oradores e líderes cristãos, promove uma agenda que encoraja as mulheres a definir o seu valor no local de trabalho, na sociedade ou na igreja.  Estes mesmos líderes minimizam o papel das mulheres no lar como filhas, irmãs, esposas e mães.  Não parecem ver as mulheres como portadoras e doadoras da vida, como encarregadas privilegiadas de formar o carácter da próxima geração.

Vemos os fruto desta revolução nas vidas das mulheres afundadas no lodo de divórcios, segundos casamentos e filhos rebeldes.  Vemos isso em mulheres exaustas tentando equilíbrar as exigências de ter mais de um trabalho, nas suas funções de mães solteiras e buscando encontrar formas para se manterem ativas na igreja.  Vemos isso em mulheres desorientadas e confundidas, sem nenhum sentido de propósito nas suas vidas e que se sentem constantemente feridas, inseguras, ressentidas e culpadas.

Sim, a liberação Feminina chegou à igreja.  E quando somo todos os ganhos e perdas, na minha mente, não há dúvida de que as mulheres são as perdedoras.

Assim como perderam os seus maridos, seus filhos e netos. Como a igreja perdeu.  Como perdeu a nossa cultura por falta de fé.

 Uma contra-revolução da feminilidade bíblica.

Há alguns anos, uma nova missão começou a agitar o meu coração.  Desde então a esperança e o entusiasmo substituíram o meu pessimismo, de ser engolida  pela liberação Feminina.

Num estudo sobre o desenvolvimento do feminismo moderno (feminismo, vem desde o Jardim do Éden) impressiono-me com o fato de que esta revolução massiva não começou assim.  Começou nos corações de um punhado de mulheres com uma agenda que se esforçaram com determinação e intenção para levá-la a cabo.

Comecei a perguntar-me que aconteceria nos nossos dias, se um pequeno mundo de mulheres devotas comessacem a orar e a confiar em Deus por uma revolução de outra espécie – uma contra revolução – dentro do mundo evangélico.  Que aconteceria se esse, “remanescente” de mulheres estivesse disposto a submeterem-se à  autoridade da Palavra de Deus, a abraçar as prioridades de Deus para as suas vidas e lares e a viver a beleza e a maravilha da feminilidade como Deus a concebeu?

O Seu lugar na nova revolução 

 A diferença da maioria das revoluções, a contra-revolução que vislumbro não requer que marchemos nas ruas, que enviemos cartas ao Congresso ou que nos afiliemos a uma organização.  Não requer que deixemos os nossos lares.  (De facto,  muitas mulheres sentem que são chamadas a regressar aos seus lares).  O que se requer e que sejamos humildes, que aprendamos, afirmemos e vivamos o padrão bíblico da feminilidade, e que instruamos a seguinte geração os caminhos de Deus.

Convido-a a fazer parte desta contra-revolução, acreditando que no tempo de Deus as mudanças que surgirão serão mais profundas e de ordem superior do que qualquer outra mudança sócio-política que no nosso mundo tenha experimentado nesta geração.

Faça-o pessoal

O chamado a uma contra-revolução a favor da feminilidade bíblica faz eco no seu coração?  Se assim é, seja exemplo de santidade para o mundo.  Ore para que outras dêem também atenção a este chamado contra-revolucionário.

Aviva os Nossos Corações.  Adaptado de “convertendo-nos em verdadeiras mulheres de Deus”, editado por Nancy Leigh DeMoss.  Usado com Autorização.

Fonte: Info@AvivaNuestrosCorazones.com

A MULHER CRISTÃ E O TRABALHO FORA DO LAR

Ao procurarmos estabelecer um fundamento bíblico quanto à questão sobre se a mulher cristã deve ou não trabalhar fora do seu lar, precisamos levar em consideração a verdade de que é impossível tratar deste assunto sem que primeiro se faça um estudo panorâmico sobre o que a Bíblia ensina a respeito do papel da mulher de uma forma geral.

Tendo isto em mente, vamos conhecer alguns erros do pensamento feminista e, então, analisar as múltiplas funções atribuídas às mulheres nas Escrituras e a partir dessas considerações, concluirmos com a colocação de uma base que fundamenta esta questão tão importante.

I.  O PENSAMENTO FEMINISTA SOBRE O PAPEL DE ESPOSA E MÃE.
As mulheres cristãs com responsabilidades domésticas têm uma vocação tão elevada como qualquer outro membro da Igreja. O que o Novo Testamento diz sobre isto não podia estar em mais agudo contraste com a propaganda de alguns do movimento feminista. Vejamos alguns argumentos do pensamento feminista:

“O fato fundamental é… as mulheres condenadas ao trabalho doméstico e impedidas de participar da modelagem do mundo foi a sua escravização à função procriadora” (Simone de Beauvoir)

“O lar é o confortável campo de concentração no qual as mulheres sofrem morte lenta da mente e do espírito, sendo as donas de casa, por necessidade, sem nome, despersonalizadas e manipuladas” (Betty Friedan).

“Se cabe às mulheres efetuar um significativo melhoramento de sua posição, parece óbvio que elas devem recusar casar-se. De nenhum trabalhador se exige que ponha fim à sua vida” (GermaineGreer).

II.  OS PAPÉIS DA MULHER NO ENSINO DO ANTIGO TESTAMENTO
Ao longo das narrativas do Antigo Testamento tomamos conhecimento de muitas mulheres que nos servem de modelos para que possamos entender os papéis que o Senhor reservou para as suas filhas. O apóstolo Pedro mencionou essa verdade em sua primeira epístola (I Pe 3.5, 6). Como não aprender com mulheres como Rebeca, Débora, Noemi, Rute e Ana? Mas não temos tempo para estudar a biografia ou pelo menos aquilo que a Bíblia afirma sobre essas mulheres. Felizmente, temos um único texto das Escrituras do Antigo Testamento que nos mostra claramente os papéis de uma mulher conforme revelado por Deus no texto de Provérbios 31.

Gostaria então de fazer uso de um texto de David Murray sobre esta importante passagem da Escritura.

1.  AS CARACTERÍSTICAS DA MULHER VIRTUOSA 
Antes de qualquer coisa, a mulher virtuosa centra-se em Deus. Ela não liga para o que as pessoas pensam de suas roupas ou de seu visual. Por quê? Porque é ao Senhor que ela teme. “Enganosa é a graça, e vã, a formosura, mas a mulher que teme ao Senhor, essa será louvada” (v.30). Esse é o ponto culminante da descrição da mulher virtuosa e aponta a origem primária de todas as suas virtudes. No centro da vida desta mulher está seu relacionamento com Deus, e ela teme tudo que possa vir a ameaçar essa relação. Ela é conhecida como uma mulher que desfruta do favor de Deus e teme, mais do que qualquer outra coisa no mundo, vê-lo aborrecido.

Em segundo lugar, a mulher virtuosa preocupa-se com a Palavra. Como Provérbios nos lembra repetidas vezes: “O temor do Senhor é o princípio da sabedoria”. Não é de surpreender, então, que quando essa mulher temente a Deus fala, “abre sua boca com sabedoria e a instrução da bondade está na sua língua” (v.26). Sua conversa reflete seu interesse principal: a sabedoria revelada de Deus e Sua benevolente lei. A mulher que centra-se em Deus, centra-se na Palavra de Deus. Ela não fica tentando passar a vista em alguns versículos aqui e ali enquanto grita com as crianças e atende ao telefone. Ela levanta alguns minutos mais cedo do que o necessário, com o objetivo de começar o dia com um período calmo e pacífico de leitura da Palavra de Deus. Como isto transforma o dia! Ela agora tem sabedoria e palavras amáveis de Deus para dizer aos outros.

Em terceiro lugar, a mulher virtuosa, se casada, centra-se em seu marido. Ela encontra grande satisfação em ser uma ajudadora para o seu marido (Gn. 2:18). Ela não vê isto como um mandamento humilhante, porque sabe que Deus usa a mesma palavra hebraica (ëzer) para descrever a Si mesmo como o ajudador do Seu povo (Sl. 54:4). Ser uma ajudadora é ser como Deus — que nobre chamado! O papel de ajudadora da mulher virtuosa pode ser resumido em duas palavras: conselho e progresso. Estando preocupada com Deus e Sua Palavra, “o coração do seu marido confia nela” (v.11). Ele a consulta e busca seus piedosos conselhos antes de tomar decisões que dizem respeito a ambos. E, ela não compete com seu marido nem o critica na frente de outros, mas busca seu progresso. “Ela lhe faz bem e não mal, todos os dias da sua vida” (v.12). Como resultado, “seu marido é estimado entre os juízes, quando se assenta com os anciãos da terra” (v.23).

Em quarto lugar, a mulher virtuosa, se for mãe, centra-se em seus filhos. “Levantam-se seus filhos e lhe chamam ditosa” (v.28). Por quê? Porque sua mãe devotou-se a eles todos os dias de suas vidas. Por quatro vezes lemos da preocupação desta mulher com sua “casa” (v.15, 21,27). Se pudéssemos enxergar dentro de sua mente, veríamos esta frase rondando circularmente: “Minha casa, minha casa, minha casa, etc”. Ela não encara os filhos como um acessório necessário, nem como um problema que pode ser repassado. O coração dela está tomado pelos filhos. Ela os ama e cuida de seus corpos, de suas mentes, e de suas almas.

Isso nos conduz à quinta característica da mulher virtuosa. Ela centra-se em sua casa. Ela administra e conduz este complexo e diversificado empreendimento com habilidade, precisão e eficiência idêntica a dos que compõem as mesas de decisão de muitas grandes corporações. Há um departamento de vestuário (v.13, 19, 21, 24), departamento alimentício (v.14, 16), departamento de decoração (v.22) e departamento financeiro (v.16, 18). Dependendo das circunstâncias, pode haver também um departamento educacional. Tudo isto demanda uma variedade de talentos e de ações dia-a-dia. Para alguém que trabalha fora, tal agenda implicaria numa média de 14 horas de serviço por dia.

 E, em sexto lugar, como se não bastasse, há também um departamento de caridade. A mulher virtuosa preocupa-se com os pobres. “Abre a mão ao aflito; e ainda a estende ao necessitado” (v.20).

A motivação dessa mulher é importante porque suas atividades de renda eram um meio para alcançar seu objetivo final, não um objetivo em si. Ela estava providenciando para sua família, não investindo em sua carreira, usando sua faculdade ou trabalhando para manter um estilo de vida semelhante ao de outras pessoas. Sua renda estava em segundo plano para sua verdadeira obrigação – a de cuidar de seu marido, filhos e lar.

Concluímos essa parte do nosso estudo afirmando que o Antigo Testamento menciona a mulher solteira envolvida em trabalhos que eram, originalmente, realizados pelos homens (Gn 29.9; Êx 2.16-19; Rt 2.1-3), mas quando casada, prioriza seu lar, esposo e filhos (Pv 14.1). Não há base no ensino do Antigo Testamento para se proibir uma mulher de trabalhar, mas podemos afirmar com segurança que apenas quando os papéis principais são bem desempenhados, ela estará livre para exercer o papel secundário de trabalhar fora do seu lar.

III.  OS PAPÉIS DA MULHER NO ENSINO DO NOVO TESTAMENTO
Observemos os seguintes textos:

“As mulheres idosas semelhantemente, que sejam sérias no seu viver, como convém a santas, não caluniadoras, não dadas a muito vinho, mestras no bem; para ensinarem as mulheres novas a serem prudentes, a amarem seus maridos, a amarem seus filhos, a serem moderadas, castas, boas donas de casa, a fim de que a Palavra de Deus não seja blasfemada” (Tt 2.3-5 – itálico meu).

“Quero, pois, que as que são moças se casem, gerem filhos, governem a casa, e não dêem ocasião ao adversário de maldizer; Porque já algumas se desviaram, indo após Satanás” ( I Tm 5.14, 15 – itálico meu).

O Pr. John MacArthur, Jr, usando como base os textos supracitados faz o seguinte comentário:

“A questão de esposas trabalhando fora de casa é uma que ela e seu marido devem chegar a um entendimento a partir de uma perspectiva bíblica e então permitir que o Espírito Santo oriente em sua situação específica”.  Ele continua: “O texto de Tito 2:3-5 ensina que as mulheres devem ser prudentes (isto é, conhecer suas prioridades). Quais são as prioridades que uma mulher casada deveria adotar? Sua primeira deveria ser satisfazer as necessidades de sua família”.

Esta porção das Escrituras divide as mulheres cristãs em duas classes; as idosas ou mais maduras e as jovens ou inexperientes. Veja o que é exigido de cada uma dessas classes:

(1º) As mulheres idosas devem:

Ser sérias em seu viver (ACF) ou reverentes em sua maneira de viver (NVI).
Não ser caluniadoras.
Não ser dadas a muito vinho (ACF) ou não escravizadas a muito vinho (NVI).
Ser mestras no bem (ACF) ou capaz de ensinar o que é bom (NVI).
Ser capazes de ensinar as mulheres novas.
(2º) As mulheres jovens devem:

Ser prudentes
Amar seus maridos.
Amar seus filhos.
Ser moderadas.
Ser castas (ACF) ou puras (NVI).
Ser boas donas de casa (ACF) ou estarem ocupadas em casa (NVI) ou ainda, governar bem a sua casa (I Tm 5.14).
Quais as razões pelas quais as mulheres cristãs devem desempenhar esses papéis?Para que a Palavra de Deus não seja blasfemada (ACF) ou difamada (NVI) Tt 2.5 e para que o adversário não tenha ocasião para maldizer (ACF) ou motivo para maledicência (NVI).

Uma esposa que satisfaz suas prioridades provavelmente será uma pessoa muito ocupada. Se ela ainda tiver tempo sobrando, então estará livre para buscar atividades empreendedoras e criativas fora do lar. Sem dúvida, as mulheres que são mais livres para fazer isso são as solteiras e as casadas, mas ainda sem filhos. Mas mesmos essas mulheres deveriam se assegurar que estão cumprindo suas responsabilidades no lar antes de saírem para o local de trabalho.

Reiterando, a Bíblia em nenhum lugar proíbe a mulher de trabalhar fora de casa. No entanto, a Bíblia ensina quais devem ser as prioridades de uma mulher. Se trabalhar fora de casa leva uma mulher a negligenciar seus filhos e marido, então é errado que essa mulher trabalhe fora de casa. Se uma mulher cristã pode trabalhar fora de casa e ainda assim providenciar um lar amoroso e cuidadoso para seus filhos e marido, sem esgotar-se completamente, então é completamente aceitável que ela trabalhe fora de casa.

CUIDAR DA CASA E CRIAR CRIANÇAS: UM MINISTÉRIO GENUÍNO.
O Novo Testamento não retrata uma situação na qual o “ministério” só ocorre nos “programas” da Igreja. A maior parte das suas exortações relaciona-se com a vida diária; é onde ocorre o real serviço.

Todos os cristãos, tanto homens como mulheres, devem considerar o seu emprego como uma “vocação” a ser realizada como para Cristo. As mulheres foram libertadas da pressuposição de que “tudo” o que elas podiam fazer na vida era ficar em casa, e elas ficaram livres para entrar virtualmente em todas as ocupações. Há muitas áreas de emprego nas quais as mulheres cristãs fazem importante contribuição. Hoje as mulheres passam uma proporção muito menor da sua vida na criação dos filhos, graças ao aumento da expectativa da duração da vida e à disponibilidade dos contraceptivos. É não realista esperar que as mulheres planejem fazer do trabalho no lar a carreira de toda a sua vida. As mulheres cristãs (e os homens) em empregos devem receber apoio quando cumprem as suas vocações e atuam como sal e luz na sociedade. Mas as mulheres que não estão empregadas formalmente e que trabalham em casa também devem receber apoio. Cada vez mais as mulheres estão perdendo a liberdade de escolher passar uma parte das suas vidas como mães de tempo integral e de ver isto como seu papel com uma posição respeitada pelo que é. Há uma enorme pressão para que elas sejam produtivas economicamente, pois em nossa sociedade a posição é medida pelo cheque de pagamento salarial. Em contraste, as Escrituras outorgam grande respeito ao papel de esposa e mãe.

O teste do tempo

Reze para o seu futuro casamento, sem pressa. A Bíblia diz que o amor é paciente (veja 1 Coríntios 13:4). Alguns casais querem apressar o casamento. Não faça isso. Conheça um ao outro primeiro. A Bíblia diz: “Nem muitas águas conseguem apagar o amor; os rios não conseguem levá-lo na correnteza.” (Cânticos dos Cânticos 8:7). Se o amor que você e seu amado têm um pelo outro é amor verdadeiro, ele resistirá ao teste do tempo.

Tome a decisão certa e case-se com a pessoa certa.

Fonte: Devocional Diário Greg Laurie Harvest Ministries

A virtude da paciência

Quando eu era jovem, a vida era mais lenta. As pessoas esperavam pelas notícias até vê-las impressas. Hoje em dia, as pessoas podem descobrir o que está acontecendo 24 horas por dia, 7 dias por semana, às vezes os eventos são relatados enquanto estão ocorrendo. De muitas maneiras, nos tornamos uma sociedade que valoriza a velocidade.

Admito que há algumas vantagens em ter tudo rapidamente, mas essas expectativas também podem nos roubar a qualidade divina da paciência, que é benéfica em todas as áreas da vida cristã.

Você acha que está sendo influenciado negativamente pela cultura ao seu redor?

Às vezes, adotamos costumes e valores comuns sem perceber. A impaciência se infiltrou em sua vida?
Você pode definir a paciência como a capacidade de suportar dificuldades, estresse ou aborrecimento em silêncio, sem reclamar. Na Bíblia, às vezes é traduzido como “longanimidade”.

Você está disposto a perseverar através de provações ou atrasos com uma atitude graciosa? Você pode ignorar um erro em vez de responder com raiva?

A paciência divina não vem naturalmente.

É um dom do Senhor que nos é concedido como fruto do Seu Espírito (Gl 5:22-23). Mas devemos cooperar enquanto Ele o desenvolve dentro de nós. Como o Senhor é onisciente, Ele conhece as circunstâncias precisas que ajudarão cada um de nós nessa área.

Mas muitas vezes pensamos que estamos indo bem sem muita paciência. Embora seja uma virtude que devemos desejar, muitos cristãos evitam pedir por ela em oração porque não querem que sua paciência seja testada e provada.

A razão pela qual a paciência é tão importante é porque é uma característica de Deus e, como seguidores de Cristo, devemos ser imitadores Dele (Efésios 5:1).

Embora queiramos que o Senhor nos trate pacientemente, muitas vezes não tratamos os outros dessa maneira. Apenas considere quão paciente Deus tem sido com você. Ele não reage com raiva ou vingança quando não crescemos rapidamente em nossa vida espiritual. Nem Ele nos pune toda vez que pecamos. Ele está ciente da fraqueza de nossa humanidade (Sl 103:14).

Esperar graciosamente é importante em todas as áreas da vida, mas convido você a se concentrar em três casos.

Primeiro, precisamos de paciência em nossos relacionamentos.

Tiago nos lembra que devemos ser “rápidos para ouvir, tardios para falar e tardios para irar-se” (Tiago 1:19). Relacionamentos são facilmente danificados por palavras precipitadas. E uma vez que tais palavras são ditas, elas não podem ser retiradas; a dor não pode ser desfeita. É por isso que precisamos nos proteger contra explosões de raiva e parar de racionalizar nossa impaciência para nos justificar.

O que a impaciência revela é uma falta de amor. Paulo descreve o amor cristão como sendo paciente, bondoso, não facilmente irritável e disposto a ignorar um erro (1 Coríntios 13:4-5). Isso poderia ser dito de você?

A segunda área em que precisamos de paciência é em nossas provações.

“É pela disciplina que você persevera; Deus vos trata como a filhos” (Hb 12:7). Não importa qual seja a forma ou causa da aflição, nosso amoroso Pai celestial a está usando para nos treinar a compartilhar de Sua santidade (v. 10). Mas se ficarmos impacientes e resistirmos à mão de Deus, não nos beneficiaremos.

Você está cansado de esperar que o Senhor cure seu corpo, remova um fardo ou mude uma situação dolorosa ou estressante? Ele permite que essas coisas não o prejudiquem, mas o amadureçam. Paulo experimentou muitas aflições em seu ministério, mas ele as viu como momentâneas e leves em comparação com o eterno peso de glória que estavam produzindo para ele (2 Coríntios 4:17). Esse é o tipo de atitude que o ajudará a suportar pacientemente o que Deus lhe deu para suportar.

Em seguida, precisamos de paciência diante do tempo de Deus.

Agora, isso pode parecer surpreendente para você, mas se você já esperou que o Senhor respondesse a um pedido de oração, sabe do que estou falando. Talvez você esteja buscando desesperadamente Sua orientação para sua vida, mas Ele parece silencioso. Ou talvez você esteja reivindicando uma promessa nas Escrituras, mas nada mudou. O problema não está na fidelidade de Deus às Suas promessas. Ele sempre age na hora certa. O tempo de Deus é diferente do nosso tempo.

Um dos sinais de impaciência para com o tempo de Deus é uma atitude resmungona e queixosa. Foi o que aconteceu com os israelitas no deserto. Eles ficaram impacientes durante a viagem, reclamaram de sua situação e acusaram Deus de transgressão (Nm 21:4-5). Quando pensamos que sabemos mais do que o Senhor, fazemos o mesmo. A resposta certa é encontrada no Salmo 37:7: “Descanse no Senhor e espere nEle com paciência”.

A paciência começa na mente.

Se você duvida disso, considere que tipos de pensamentos fazem você se sentir impaciente. Em contraste, em que verdades sobre Deus você poderia se debruçar para construir uma base para paciência e confiança nEle? Como tudo o que você experimenta vem por meio de Suas mãos amorosas, você pode parar de se preocupar, descansar em Sua sabedoria e confiar em Sua força para esperar graciosamente. Então observe como Ele realiza Sua boa obra dentro de você.

Você está pronto para confiar Nele através de todos os “atrasos” em sua vida? Minha esperança é que você diga sim.

Autor: Dr. Charles Stanley

Fonte: https://www.intouch.org/get-involved/from-the-pastors-heart

A batalha visual dos homens

Você já sabe que seu marido, namorado ou filho é diferente de você, mas você sabe o que isso realmente significa? Isso significa, entre outras coisas, que ele recebeu o dom de uma experiência visual única – e os desafios que vêm com ela.
Em Through a Man’s Eyes, Shaunti Feldhahn e Craig Gross se unem para ajudar a abrir nossos olhos para algo que muitas vezes somos cegos. Eles abordam questões como:
– “Por que os homens são tão visuais – e o que isso significa, afinal?”
– “Como posso ajudar meu filho a navegar nessa cultura louca por sexo?”
– “Como alguém ousa dizer a uma mulher para tomar cuidado com o que ela veste! Não é responsabilidade do homem não olhar?”
– “Se ele é tentado por imagens visuais, há algo de errado com ele? Comigo?”
– “Meu marido é um cara honrado, então por que ele seria tentado pela pornografia?”
– “Como posso falar com meu marido ou filho sobre isso? O que posso fazer para apoiá-lo?”
Através da compaixão e franqueza neste livro, podemos aprender o que os homens há muito desejam que soubéssemos (mas não sabiam como explicar) – e ver a diferença que faz quando o fazemos!

Livro: Through a man´s eyes

Autores: Shaunti Feldhahn e Graig Gross

Estima: a palavra que modifica tudo em seu casamento

Gary Thomas, pastor e autor do best-seller Sacred Marriage (Casamento Sagrado), acredita que uma simples palavra pode trazer esperança, luz e vida a qualquer casamento: Estima.

O autor nos lembra que em um mundo desesperado pela redenção do casamento, o ato de estimar o cônjuge é necessário agora mais do que nunca.

Estimar seu cônjuge elevará seu casamento em termos relacionais, emocionais, espirituais e até mesmo físicos. Por meio de histórias pessoais, exemplos do mundo real e verdades bíblicas atemporais, o autor ensina como aprimorar seu casamento.

Por meio do ato bíblico da estima, podemos capacitar nossos cônjuges a se tornarem quem são chamados por Deus para ser e, no processo, nos tornarmos mais quem somos chamados a ser, criando um casamento mais precioso, com um vínculo mais profundo e mais satisfatório. Se você está pronto(a) para revolucionar seu relacionamento, é hora de aprender sobre a Estima.

Livro em inglês: Cherish

Autor: Gary Thomas

Sexo Sagrado

Por anos, os cristãos ouviram que o sexo é criação de Deus, projetado por ele como um presente para maridos e esposas. No entanto, poucos casais realmente experimentam o sexo como uma experiência espiritual ordenada por Deus. Em vez de admitir sua falta de realização, muitos casais escondem sua decepção e confusão, enquanto outros tentam resolver o problema por meio de uma técnica sexual melhor.

Infelizmente, todos os conselhos sobre técnicas aprimoradas não conseguem explicar a única coisa que faz sentido para tudo. Apesar da proliferação de recursos para aumentar a satisfação sexual, os casais continuam a lutar em seu relacionamento sexual. Na verdade, o autor e conselheiro cristão Tim Alan Gardner estima que apenas 2 por cento dos casais já experimentaram um vínculo físico verdadeiramente emocionante, energizante e que toca a alma. Mas agora, isso pode mudar.

O relacionamento sexual de um casal tem um propósito muito mais elevado do que o prazer ou a procriação. As escrituras deixam claro que sexo é a única coisa na terra que une duas pessoas em uma. Agora os leitores podem aprender como abordar o sexo conjugal de uma forma que traz a realização da verdadeira unidade. Sexo Sagrado mostra como eles podem experimentar uma bela vida de intimidade ordenada por Deus que os abençoa muito além das paredes do quarto, serve como um ato de adoração a Deus e toca seus corações e almas de maneiras que eles nunca poderiam ter imaginado.

Livro em inglês: Sacred Sex do autor Tim Alan Gardner

A Eterna Felicidade

O dia da vinda de Cristo será um dia de redenção não apenas para o povo de Deus, mas para todo o planeta, além de ser o dia em que o mal será completamente destruído. VJ 141.1
Deus criou a Terra para ser a morada do homem. Adão viveu em um jardim magnífico que o Próprio Criador embelezara. E embora o pecado tenha manchado a obra de Deus, a raça humana não foi abandonada por seu Criador, nem Seu propósito em relação à Terra foi deixado de lado. VJ 141.2
Anjos foram enviados ao nosso planeta para dar a mensagem de salvação e os vales e colinas ecoaram suas canções de alegria. Os pés do Filho de Deus tocaram o seu solo e por mais de seis mil anos, em toda a sua beleza e nas suas reservas para o nosso sustento, a Terra tem testemunhado o amor do Criador. VJ 141.3
Essa mesma Terra, livre da maldição do pecado, será a morada eterna dos salvos. A Bíblia diz a respeito dela: Deus “não a criou para ser um caos, mas para ser habitada”. Isaías 45:18. E “tudo quanto Deus faz durará eternamente”. Eclesiastes 3:14. VJ 141.4
Por isso, no Sermão da Montanha o Salvador declarou: “Bem-aventurados os mansos, porque herdarão a Terra.” Mateus 5:5. VJ 142.1
O salmista já havia escrito muito tempo atrás: “Mas os mansos herdarão a Terra e se deleitarão na abundância de paz.” Salmos 37:11. VJ 142.2
Com essa declaração concordam também outros testemunhos das Escrituras: “Os justos herdarão a Terra e nela habitarão para sempre.” Salmos 37:29. 
O fogo do último dia há de destruir “os céus que agora existem e a Terra”, mas do seu caos devem surgir novo céu e uma nova Terra, conforme “a Sua promessa”. 2 Pedro 3:7, 13. O céu e a Terra serão renovados. VJ 142.4
“Nem olhos viram, nem ouvidos ouviram, nem jamais penetrou em coração humano o que Deus tem preparado para aqueles que O amam.” 1 Coríntios 2:9. Nenhuma linguagem humana pode descrever plenamente a recompensa dos justos. Apenas os que desfrutarem dela, poderão compreendê-la. Não podemos conceber a glória do paraíso de Deus. VJ 142.5
Contudo, temos alguns vislumbres do mundo futuro revelados a nós pelo Espírito Santo. 1 Coríntios 2:10. Os quadros que a Escritura Sagrada nos apresenta a respeito da nova Terra são preciosos ao nosso coração. VJ 142.6
Ali o Pastor divino conduz o Seu rebanho às fontes de águas vivas. A árvore da vida dá o seu fruto a cada mês e suas folhas são para a saúde das nações. Ali as correntes de água são claras como o cristal e nunca secam. Às suas margens, árvores frondosas lançam sombra sobre o caminho dos salvos. As planícies se estendem, se elevando em colinas verdejantes e em montanhas majestosas que apontam para o céu. Nesses campos tranqüilos, ao lado das correntes vivas, o povo de Deus, peregrinos e estrangeiros na Terra por tanto tempo, finalmente encontram ali o seu lar. VJ 142.7
“O Meu povo habitará em moradas de paz, em moradas bem seguras e em lugares quietos e tranqüilos.” Isaías 32:18. “Nunca mais se ouvirá de violência na tua Terra, de desolação ou ruínas, nos teus limites; mas aos teus muros chamarás Salvação, e às tuas portas, Louvor.” Isaías 60:18. VJ 144.1
“Eles edificarão casas e nelas habitarão; plantarão vinhas e comerão o seu fruto. Não edificarão para que outros habitem; não plantarão para que outros comam.” Isaías 65:21, 22. VJ 144.2
“O deserto e a terra se alegrarão; o ermo exultará e florescerá como o narciso.” Isaías 35:1. “Em lugar do espinheiro, crescerá o cipreste, e em lugar da sarça crescerá a murta.” Isaías 55:13. VJ 144.3
“O lobo habitará com o cordeiro, e o leopardo se deitará junto ao cabrito; o bezerro, o leão novo e o animal cevado andarão juntos, e um pequenino os guiará. Não se fará mal nem dano algum em todo o Meu santo monte”, diz o Senhor. Isaías 11:6, 9. VJ 144.4
Lá não haverá mais lágrimas, nem cortejos fúnebres, nem sinais de luto. “E a morte já não existirá, já não haverá luto, nem pranto, nem dor, porque as primeiras coisas passaram.” Apocalipse 21:4. “Nenhum morador de Jerusalém dirá: Estou doente; porque ao povo que habita nela, perdoar-se-lhe-á a sua iniqüidade.” Isaías 33:24. VJ 144.5
Ali está a Nova Jerusalém, a capital da Terra renovada, “uma coroa de glória na mão do Senhor, um diadema real na mão do teu Deus.” Isaías 62:3. A sua luz é “semelhante a uma pedra preciosíssima, como pedra de jaspe cristalina. As nações andarão mediante a sua luz, e os reis da Terra lhe trazem a sua glória.” Apocalipse 21:11, 24. VJ 144.6
O Senhor diz: “E exultarei por causa de Jerusalém e Me alegrarei no Meu povo, e nunca mais se ouvirá nela nem voz de choro nem de clamor.” Isaías 65:19. “Eis o tabernáculo de Deus com os homens. Deus habitará com eles. Eles serão povos de Deus, e Deus mesmo estará com eles.” Apocalipse 21:3. VJ 144.7
Na Nova Terra só habitará justiça. “Nela, nunca jamais penetrará coisa alguma contaminada, nem o que pratica abominação e mentira.” Apocalipse 21:27. A santa lei de Deus será honrada por todos. Aqueles que deram provas de sua fidelidade a Deus, guardando os seus preceitos, habitarão com Ele. VJ 144.8
“E não se achou mentira na sua boca.” Apocalipse 14:5. “São estes os que vêm da grande tribulação, lavaram suas vestiduras e as alvejaram no sangue do Cordeiro, razão por que se acham no trono de Deus e O servem de dia e de noite no Seu santuário.” Apocalipse 7:14, 15. VJ 144.9
“Os preceitos do Senhor são retos. …Em os guardar há grande recompensa.” Salmos 19:8, 11. VJ 144.10
“Bem-aventurados aqueles que lavam as suas vestiduras no sangue do Cordeiro, para que lhes assista o direito à árvore da vida, e entrem na cidade pelas portas.” Apocalipse 22:14. 

Reino Milenar

O reino milenar – o milênio – é o reinado messiânico prometido. Com o aparecimento do rei-messias, o reino será iniciado. Isso se refere à época da história em que Cristo voltará pessoalmente a fim de trazer à terra paz global, o governo de Deus, justiça plena e bênçãos. A partir de Apocalipse 20, concluímos que essa época durará mil anos. E, a partir de 1Coríntios 15, deduzimos que Jesus Cristo, o Rei, entregará esse reino ao Pai e com isso ocorrerá a transição para a eternidade.

O reino é objeto de muitas profecias, tanto do Antigo como do Novo Testamentos. Assim, lemos no livro do profeta Isaías:

“Nos últimos dias… Ele julgará entre as nações e corrigirá muitos povos. Estes transformarão as suas espadas em lâminas de arados e as suas lanças, em foices… nem aprenderão mais a guerra… O lobo habitará com o cordeiro, o leopardo se deitará junto do cabrito… o leão comerá palha como o boi. A criança de peito brincará sobre a toca da cobra… Não se fará mal nem dano algum em todo o meu santo monte, porque a terra se encherá do conhecimento do Senhor, como as águas cobrem o mar… Agora toda a terra descansa e está sossegada. Todos dão gritos de alegria” (Is 2.2,4; 11.6-9; 14.7).

Isaías demonstra que esse reino satisfará os anseios mais profundos de todos os seres humanos e povos aqui na terra. Ele trará a renovação da criação, mudanças na natureza e, acima de tudo, um conhecimento global de Deus. Isso será possível porque, antes de tudo isso acontecer, Satanás será amarrado, aprisionado no Abismo e impedido de enganar as pessoas durante essa época. O reinado de Jesus será a justificação de Deus.

Apesar de esse reino ter sido desacreditado por causa de certos exageros de seitas ou por teólogos que o retratam como uma “expectativa judaica carnal”, além de ter sido pervertido pelo mundo como uma fantasia, o testemunho bíblico é claro: o reino de Jesus Cristo traz um abrangente conhecimento religioso da verdade entre as pessoas como nunca houve antes. Será um reino cheio de bens espirituais e trará o governo visível de Jesus Cristo à terra. Além disso, as Escrituras não deixam dúvidas de que, como crentes, teremos parte nele: “… e viveram e reinaram com Cristo durante mil anos” (Ap 20.4). O governo dos crentes no reino milenar cumprirá o que, na verdade, era o mandato do ser humano no paraíso.

O milênio é futuro

Apesar de reconhecidos mestres da Bíblia serem da opinião de que o milênio não deva ser entendido como literal e seja idêntico à era da igreja de Jesus (amilenarismo), cremos, em acordo com quase todos os pais da igreja dos primeiros dois séculos, que Jesus voltará para inaugurar esse reino de forma literal e visível. Na expectativa da segunda vinda de Jesus antes do milênio, nos denominamos, portanto, pré-milenaristas.

Existem muitos motivos para o entendimento de que o milênio seja futuro:

Primeiro, Jesus orou pela vinda dessa época de bênção no Pai Nosso: “Venha o teu reino”. Com isso, ele sinalizou que o reino – que excede o atual formato do reino de Deus – é o objetivo de toda a história da redenção, que atualmente ainda aguarda seu cumprimento.

Segundo, Jesus fez alusão ao reino futuro quando mencionou o juízo sobre as nações. Na época deste juízo, em sua volta, ele dirá aos seus: “Venham, benditos de meu Pai! Venham herdar o Reino que está preparado para vocês desde a fundação do mundo” (Mt 25.34). Se ele diz isso em sua volta, esse reino ainda é futuro e de forma alguma pode ser idêntico à era da igreja.

Terceiro, os apóstolos também demonstraram sua expectativa de um reino futuro quando perguntaram ao Senhor, em outras palavras, se o reino seria idêntico à era da igreja: “Será este o tempo em que o Senhor irá restaurar o reino a Israel?” (At 1.6). Eles obtiveram uma resposta negativa. Esse questionamento também mostra que eles acreditavam que Israel ainda tinha um futuro nacional no plano de redenção de Deus! Por isso eles pregavam a seu próprio povo judeu que havia uma condição a satisfazer, tanto para o cumprimento do reino como também para o futuro de Israel: “Portanto, arrependam-se e se convertam, para que sejam cancelados os seus pecados, a fim de que, da presença do Senhor, venham tempos de refrigério, e que ele envie o Cristo, que já foi designado para vocês, a saber, Jesus, ao qual é necessário que o céu receba até os tempos da restauração de todas as coisas…” (At 3.19-21).

Quarto, o reino milenar é futuro porque o desenrolar da história da redenção demonstra isso. Em Efésios 1, as bênçãos dos crentes que o Pai, o Filho e o Espírito Santo dão aos seus, em épocas diferentes, são descritas:

1. Antes da fundação do mundo, o Pai predestinou os seus para a adoção (v. 4-6).

2. Na época em que Jesus vivia na terra, o Filho efetuou a redenção (v. 7-9).

3. Na futura plenitude dos tempos, os crentes receberão as bênçãos do Espírito Santo em sua perfeição. “O Espírito é o penhor da nossa herança, até o resgate da sua propriedade…” (v. 14).

A isso faz parte tanto a herança futura (v. 11,14) como também “de fazer convergir nele, na dispensação da plenitude dos tempos, todas as coisas, tanto as do céu como as da terra” (v. 10). Essa passagem expressa que, um dia, na plenitude dos tempos (plural!), todos na terra estarão debaixo de um cabeça, isto é, do governo de Jesus Cristo. Fazer “convergir” tudo significa, na verdade, colocar tudo debaixo de um cabeça. Essa será a “dispensação da plenitude dos tempos”. E isso deve se aplicar ao milênio, pois:

a) Essa época obviamente é futura, e consequentemente não se cumpre na atual era da igreja.

b) Ela é uma economia ou administração da redenção, ou seja, uma época da redenção que resume todas as outras e as conduz ao seu objetivo, a “plenitude dos [muitos] tempos”. Tais épocas (grego, kairos) são épocas (da redenção) nas quais Deus se revela de formas diferentes (p. ex., debaixo da Lei, debaixo da graça). A palavra kairos caracteriza uma época que, de acordo com seu conteúdo e caráter, é um tempo de revelação que o ser humano precisa reconhecer para si mesmo como graça e oportunidade (cf. Tt 1.3).

c) A administração da plenitude dos tempos nos traz sua segunda vinda e o governo do Rei. A “plenitude do tempo” (Gl 4.4; grego, chronos, o tempo cronológico) chegou, assim por dizer, na metade da história, quando Jesus Cristo, em sua primeira vinda, nasceu como homem a fim de realizar a redenção. E o reino milenar alcançará o objetivo: “O reino do mundo se tornou de nosso Senhor e do seu Cristo” (Ap 11.15).

d) Também vemos que o milênio será a época da plenitude dos tempos em que a oração de Jesus – “seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu” (Mt 6.10) – se cumprirá. Pois somente nesse futuro reino todas as pessoas estarão debaixo de um cabeça, e apenas no milênio a vontade de Deus será obedecida em ambas as esferas, “assim na terra como no céu”. Somente no reino milenar “todas as coisas, tanto as do céu como as da terra”, serão “convergi[das]” nele, debaixo de sua cabeça (Ef 1.10).

Assim, realmente podemos dizer que o evangelho é um “evangelho do reino”, porque conduz ao governo divino. Depois de milhares de anos, a honra de Deus será exaltada no milênio, e o Senhor será justificado em tudo o que fizer. Além disso, as promessas das alianças veterotestamentárias, especificamente o retorno e a restauração espiritual de Israel, se cumprirão plenamente.