Além do Que os Olhos Podem Ver

“Eles servem num santuário que é cópia e sombra daquele que está nos céus, já que Moisés foi avisado quando estava para construir o tabernáculo: ‘Tenha o cuidado de fazer tudo segundo o modelo que lhe foi mostrado no monte’.” (Hebreus 8:5)

Frequentemente temos a tendência a pensar sobre o Céu como um lugar surreal e a Terra como real. Em outras palavras, nosso ponto de referência é a Terra. Essa é a Terra. É real. E o céu? Bom, quem sabe ao certo?

Na verdade, é o oposto:  o Céu é que é real e a Terra, temporária. Ela é apenas uma pálida versão do Céu, e não o oposto.

Deus ordenou Moisés a construir um tabernáculo como o que existe no Céu. E, em Hebreus 8:5, lemos que os sacerdotes no tempo do Novo Testamento serviam e adoravam a Deus em um lugar que era apenas uma cópia, uma réplica do verdadeiro local que estava no Céu. De fato, quando Moisés se preparava para construir o tabernáculo, Deus lhe deu um aviso. Ele disse: “Tenha o cuidado de fazer tudo segundo o modelo que lhe foi mostrado no monte” (Hebreus 8:5).

Deus quis deixar claro a Moisés que o original estava no Céu e a cópia estava na Terra. Citando C. S. Lewis: “Os montes e vales do Céu serão, para aqueles que hoje vocês vivenciam na Terra, não como a cópia do original, mas como a raiz para a flor, como o carbono para o diamante.”

Como seres terrenos, temos a tendência a refletir sobre o Céu com base na Terra. O que deveríamos fazer é o contrário. A partir do Céu, refletir sobre a Terra. O Céu é o lugar pra valer, o local para a habitação eterna. A terra é a cópia, a habitação temporária.

Quando você vir aquele por do sol ou aquela vista panorâmica, que expressa Deus na natureza, aquela beleza de tirar o fôlego, lembre que isso é apenas uma fração daquilo que lhe aguarda no Céu.

O Céu Antes da Volta de Cristo

O Novo Testamento também chama de paraíso o céu onde Deus habita (2Co 12.4; Lc 23.43). Nesse paraíso encontra-se o monte Sião celestial, a “cidade do Deus vivo, a Jerusalém celestial” (Hb 12.22) e a “árvore da vida” (Ap 2.7). A palavra vida nesse contexto merece nossa atenção, pois o paraíso é lugar da vida por excelência, onde existe “vida em abundância” (veja Jo 10.10). No céu habita a origem e a fonte de toda a vida, que é o próprio Deus vivo.

Em Apocalipse 21.1-3 ficamos sabendo que um dia a Jerusalém celestial descerá à terra como “nova Jerusalém”. Essa cidade terá muros, portões de pérolas, pelo menos uma rua, no mínimo um rio, o “rio da água da vida” (Ap 22.1), e “de uma e outra margem do rio” (Ap 22.2) teremos “a árvore da vida, que produz doze frutos, dando o seu fruto de mês em mês, e as folhas da árvore são para a cura dos povos” (Ap 22.2). Essa formulação permite a conclusão de que a “árvore da vida” não seja uma só árvore, mas um tipo de árvore “celestial” a crescer e florescer às margens do rio da água da vida. Mais uma vez encontramos a ênfase em vida na cidade do Deus vivo.

Nenhuma metrópole de nosso mundo é tão viva e tão pulsante como a cidade do Deus vivo no paraíso. E com sua altura, comprimento e largura de 2.400 quilômetros, será gigantesca, suficientemente espaçosa para todos os salvos de todas as eras (Ap 21.16-17).

É possível uma pessoa saber que é salva e que vai para o céu?

Em resposta a esta pergunta, devemos primeiramente observar que, se a salvação fosse por meio das obras, tal certeza seria impossível. Uma pessoa nunca poderia estar completamente certa de ter realizado boas obras suficientes ou o tipo correto de boas obras. Além disso, se sua salvação dependesse da continuidade de uma vida perfeita, ela nunca poderia ter certeza de que continuaria a satisfazer esse requisito.

Aqueles que crêem que a salvação é dependente de seu caráter pessoal ou das boas obras invariavelmente traem esse fato através de sua fala. Você pergunta a um homem: “Você é salvo?” E é provável que ele responda: “Estou me esforçando para ser”. Em outras palavras, ele espera fazer o que for necessário para merecer a salvação, e não recebê-la como um presente.

O que são os Novos Céus e Nova Terra?

Muitas pessoas têm uma concepção errada de como realmente é o Céu. Apocalipse (capítulos 21-22) nos dá uma descrição detalhada dos Novos Céus e Nova Terra. Depois do fim dos tempos, os atuais Céus e Terra serão eliminados e substituídos por Novos Céus e Nova Terra. O lugar de habitação eterna dos crentes será a Nova Terra. A Nova Terra é o “Céu” onde passaremos a eternidade. É na Nova Terra, onde a Nova Jerusalém, a cidade celestial, se estabelecerá. É a Nova Terra o lugar onde haverá portões de pérolas e ruas de ouro.

Céu – a Nova Terra – é o lugar físico onde habitaremos com corpos físicos glorificados (veja I Coríntios 15:35-58). O conceito de que o Céu é “nas nuvens” não é bíblico. O conceito de que seremos “espíritos flutuando pelo Céu” não é bíblico. O Céu onde os crentes viverão será um novo e perfeito planeta no qual habitaremos. O Novo Céu será livre de pecado, mal, enfermidade, sofrimento e morte. Será provavelmente muito parecido com nossa Terra atual, ou talvez até uma recriação de nossa terra atual – mas sem a maldição do pecado.