Como conectar espiritualmente ao seu marido: momentos de solitude compartilhados

Solitude e Solidão

Solitude é um estado de isolamento e reclusão, é uma situação em que a pessoa não está em contato com outros indivíduos. Esse estado é geralmente decorrente de uma escolha pessoal.

Diferente da solidão, a solitude está associada a sentimentos positivos, à alegria de estar sozinho. Isolar-se voluntariamente pode ser uma forma de entrar em contato consigo mesmo, de fortalecer a autoconfiança e o amor próprio.

A solitude tem a ver com o equilíbrio entre estar sozinho e estar na presença de outras pessoas. Uma pessoa em estado de solitude desfruta de seus momentos de isolamento, mas sabe que possui relações significativas e que pode contar com a companhia de outras pessoas.

Diferença entre solidão e solitude
A solitude é um estado de isolamento voluntário e positivo, já a solidão é uma condição associada à dor e à tristeza. A solidão é um sentimento de vazio, é o desejo de ter a companhia das pessoas, mas não ter.

Na solitude, uma pessoa opta por passar alguns momentos em reclusão pois entende que isso lhe proporcionará sentimentos positivos, crescimento espiritual, autoconhecimento e até mesmo alegria.

A solidão é uma situação não voluntária, em que a pessoa se sente sozinha e não pertencente a um grupo. Nesses casos, estar sozinho significa sofrimento e, quando essa condição persiste, pode ser o gatilho para psicoses e distúrbios mentais.

A solidão pode se desenvolver após a perda de um ente querido ou no final de um relacionamento muito significativo. Porém, é possível que os indivíduos sintam-se sozinhos mesmo na presença de amigos e familiares.

Aspectos positivos e negativos da solitude

O ser humano é um ser social e, portanto, não pode prescindir completamente da companhia das pessoas. O sentido da vida está nas relações que são estabelecidas com os outros, por isso longos períodos de isolamento podem levar ao desenvolvimento de doenças mentais, como a depressão e ansiedade.

O isolamento forçado, inclusive, é uma forma de punição e de tortura praticada ao longo da história. Em prisões é comum que os detentos sejam castigados em celas denominadas “solitárias”, sem a companhia de ninguém. O isolamento voluntário, por outro lado, é uma prática bastante benéfica e, até mesmo, necessária para o ser humano.

A solitude é uma condição em que podemos meditar, refletir sobre nossas vidas, decisões e comportamentos. É um momento propício para despertar a espiritualidade e, para as pessoas religiosas, uma oportunidade para fazer preces e orações.

Estar sozinho e sem as distrações provocadas por outras pessoas também é uma ocasião interessante para o desenvolvimento da criatividade e da fluidez da imaginação.

Solitude Compartilhada

Você conseguiria respeitar o silencio do seu marido? Estar presente sem invadir o espaço dele? Compartilhar o silêncio. Rezar juntos sem ser em voz alta? Acompanhar ele quando ele precisar distanciar do mundo sem que para isso ele precise estar sozinho?

Apreciar a companhia dele e preferi-la ao ponto de preferir estar à sós com ele do que completamente sozinha?

Acredito que os homens precisam ficar sozinhos em suas cavernas quando estão exaustos de não poderem ser eles mesmos. E precisam de tempo à sós para entrarem em contato com seu verdadeiro eu, autêntico, em um espaço de não julgamento e sem cobranças, sem competição. Um momento para simplesmente ser, distanciar do ter e fazer.

No filme “Na Natureza Selvagem” fiquei imaginando se o rapaz tivesse um sentido maior para sua existência, como o amor romântico compartilhado, ele conseguiria lidar com a sociedade sem sentir vontade de fugir. No final quando ele descobre que a felicidade só é real quando compartilhada e decide voltar para a cidade, perdoar seus familiares e constituir uma família, ele não consegue atravessar o rio no verão, agora descongelado, que estava congelado durante o inverno no trajeto de ida. No filme, juntos caminhamos pela linha entre o isolamento e a intimidade, enquanto observamos McCandless a tentar isolar-se do mundo mas a cada passo pelo caminho a forjar relações profundamente íntimas com todos aqueles com quem se cruza pelo caminho (eventualmente, no final, percebe a necessidade do contato humano e da ligação e partilha com os outros).

Acredito que a experiência da caverna nos homens é nociva. Um sinal de que só conseguem ser eles mesmos, sozinhos. É perigoso um homem em estado alterado, com raiva, vivendo o conflito nas relações de luta ou fuga, se machucar no caminho tentando fugir, não conseguir ajuda ou mesmo não conseguir voltar para a casa.

Como conhecer a alma do seu marido? Conhecendo ele por dentro. Não só aceitando ele como ele é como amando profundamente quem ele é. Sendo uma confidente para os seus segredos e respeitando o seu silêncio. Dando a ele total liberdade e segurança para compartilhar seus pensamentos e sentimentos e também para silenciar. Um silêncio diferente. Não o de não poder falar, mas de não precisar falar. Conhecer ele a ponto de não depender somente das palavras para a comunicação. Sentir ele por dentro, sem contato físico.

E se o momento de solitude for compartilhado? A necessidade de estar em contato com a natureza, de isolamento e reclusão, compartilhados? A mulher precisa aprender a silenciar também para aprender a estar com o marido sem os dois precisarem se sentir sós ou ficarem sozinhos. E se o momento de silenciar para ouvir a Deus, for compartilhado, sem precisar soltar as mãos? E se o homem guiar a mulher até nesta jornada interior? Caminhando ao ar livre, remando em um lago em um barquinho, andando de bicicleta, ouvindo música juntos, rezando juntos, acendendo uma fogueira, ficando em silêncio, juntos?

Não ser motivo para ele querer fugir, mas se ele quiser fugir, ser uma companheira que ele quer que fuja com ele.

A beleza de uma mulher de Deus

Uma mulher cristã tem a oportunidade de ser uma das maiores influenciadoras da terra. A beleza impressionante de seu espírito pode conquistar a alma de seu marido incrédulo. Sua adesão ao projeto de Deus no casamento pode proclamar a glória do evangelho. Sua fé e conhecimento da palavra de Deus podem se espalhar em suas esferas de ministério.

No entanto, se uma mulher não conhece seu Deus e sua palavra, e se ela não está se apegando às suas preciosas promessas, ela começa a se assemelhar a Eva, a mãe de sua carne. Seu coração pode ser facilmente enganado pela astúcia do inimigo, e suas afeições podem ser desencaminhadas.

Nós que confiamos em Cristo não somos apenas descendentes de Eva, mas agora somos descendentes de Sara, a mulher livre (Gálatas 4:31). Somos filhas da promessa e não estamos mais em escravidão à natureza de Eva. Em 1 Pedro 3: 1–6 e Hebreus 11: 11–12, recebemos a recomendação da fé de Sara, e estamos apontando para sua vida como um exemplo de feminilidade bíblica. Ao imitarmos a fé de Sara, podemos aproveitar nosso gênero dado por Deus e dons únicos para glorificar nosso Deus e avançar em seu reino.

Ela espera em Deus

Pois é assim que as mulheres santas que esperavam em Deus costumavam se adornar. (1 Pedro 3: 5)

Preciosa aos olhos do Senhor é o coração de uma mulher cheia de uma esperança profunda e permanente em seu Deus. Este é o fundamento de tudo o que Deus a chamou para ser. Sara esperava em Deus, e ela “considerou-o fiel quem havia prometido” (Hebreus 11:11). As mulheres nunca devem desistir da busca de Deus através de sua palavra.

À medida que damos luz às famílias e entramos nos reinos do ministério, muitos de nós desejamos diligentemente cuidar dos que estão sob nossos cuidados. No entanto, muitas vezes estamos tão vazias porque nosso suprimento espiritual está esgotado. Não nos resta nada que valha a pena compartilhar com almas carentes, muito menos com nossas próprias almas. Uma mulher que espera em Deus está bem familiarizada com o caráter de Deus e especificidades de suas promessas. Ela passa tempo com Ele em sua palavra e em oração, e ela acredita em seu evangelho e encontra abrigo em seu nome.

Ela descansa em Deus

. . . deixe o seu adorno ser a pessoa oculta do coração com a beleza imperecível de um espírito gentil e calmo, que aos olhos de Deus é muito precioso. (1 Pedro 3: 4)

Matthew Henry descreve um espírito gentil e manso como “a submissão silenciosa da alma à ‘providência’ de Deus a nosso respeito”. Uma mulher que conhece seu Deus colocará sua esperança em Deus e encontrará seu descanso em Deus. Ela acalma e aquieta sua alma, e ela não se debate e se esforça contra o Deus que é seu refúgio e quem determina suas circunstâncias.

Em vez de se preocupar, uma mulher mansa e quieta confia no Senhor. Ela se deleita no Senhor, comprometendo-se com ele e confiando nele. Ela se deleita em paz abundante. Confiando em Deus para ser quem ele diz que é, ela ainda está diante dele e espera pacientemente por ele. Ela não procura justificar-se e vingar-se dos erros que lhe foram cometidos, pois sua torre forte e refúgio é o nome do Senhor em quem ela espera. Ela espera pelo Senhor (Salmo 37: 7, 9, 34).

Ela se submete ao marido

Pois é assim que as mulheres santas que esperavam em Deus costumavam adornar-se, submetendo-se aos seus próprios maridos, como Sara obedecia a Abraão, chamando-o de senhor. (1 Pedro 3: 5–6)

Um transbordamento da esperança de uma esposa e descanso em Deus é submissão ao marido. Sara se submeteu a Abraão porque ela confiava e obedecia a Deus. Sua submissão ao marido não se deveu a sua confiança em Abraão. Em vez disso, seus olhos estavam fixos em um Deus confiável que era digno de sua submissão. Quando uma mulher se recusa a obedecer ao mandamento de Deus de se submeter ao marido, ela segue os passos de Eva, a mãe de sua carne. Isso confunde o evangelho que Deus planejou para ser exibido através de seu casamento.

Mas uma mulher que descansa em Deus e se submete à liderança do Senhor Jesus imitará o exemplo de Sara, que chamou seu marido de “senhor” (um reconhecimento de autoridade, não de adoração). Embora existam explicações bíblicas importantes sobre a aparência da submissão (e a não aparência dela) e como a esposa deve reverenciar e obedecer ao marido, uma filha de Sara entende o segredo por trás da submissão ao marido: a esperança dela está em Deus.

Ela é destemida

Dela vocês serão filhas, se praticarem o bem e não derem lugar ao medo. ( 1 Pedro 3:6)

Uma mulher que espera em Deus não tem medo, porque conhece o seu Deus. Ela não tem medo do caminho que seu Deus a chamou para andar. Ela não tem medo da doença. Ela não tem medo do futuro. Ela não tem medo da morte e dos vales escuros. Ela confia a Deus seus filhos, seu casamento e seu ministério. Ela avança o reino através da submissão destemida ao projeto de Deus para feminilidade, casamento, maternidade e ministério, porque ela espera em Deus.

E embora ela tropeça como Sara e ri, descrente das promessas de seu Deus, ele transformará sua risada em uma de confiança em seu Salvador e alegre esperança em sua palavra. Pela fé, ela ri, porque ela olha para aquela cidade duradoura, a celestial. Pela fé, ela se junta às fileiras de mulheres santas que o consideravam fiel quem havia prometido. Mulheres aconselhadas a não pertencerem a este mundo, e Deus não se envergonha de ser chamado seu Deus.

Você é amada por Deus! 

Você é uma pessoa criada por Deus! Essa é a coroação absoluta. A Bíblia diz bem objetiva e claramente: “Criou Deus o homem à sua imagem…” (Gênesis 1.27). Deus criou as pessoas para que sejam semelhantes a ele. Para viver de maneira sensata, para amar, se alegrar e para que possam ter comunhão pessoal com ele. A Bíblia nos mostra constantemente que Deus tem o maior interesse em cada pessoa. Por isso, lemos em uma bela oração do salmista, na Bíblia: “Eu te louvo porque me fizeste de modo especial e admirável. Tuas obras são maravilhosas! Digo isso com convicção” (Salmo 139.14). Deus conhecia você antes mesmo que nascesse. E, tanto naquele tempo como hoje, Deus tem planos para você. Planos que são caracterizados pelo amor dele.

Você é amada por Deus! Deus não é nenhum monarca frio e insensível. Ele sente nossa dor, ele compartilha de nosso sofrimento. Para ele nós temos valor e somos dignas de ser amadas, apesar de muitas vezes seguirmos nossos próprios caminhos. Mesmo assim, Deus ainda nos atribui muito valor e simplesmente não desiste de nos amar. Ele nos ama tanto que até permitiu que seu Filho, Jesus Cristo, morresse por nós: “Nisto consiste o amor: não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que ele nos amou e enviou seu Filho como propiciação pelos nossos pecados” (1João 4.10). Pecados são atos, pensamentos e motivações que não coincidem com o caráter de Deus. O pior pecado aos olhos de Deus é o fato de querermos viver sem ele. De nos termos afastado dele e o abandonado, apesar dele ser o nosso Criador. E, por termos tanto valor para ele, Deus deseja perdoar nossos pecados para que não permaneçamos eternamente perdidos, mas que possamos estar eternamente junto dele, no céu. É tanto assim que ele ama a cada um de nós!

Receba o amor de Deus por meio de Jesus Cristo! Deus deseja nos conceder uma vida sensata. Se confessarmos os nossos pecados ao Senhor Jesus, o Filho de Deus, e lhe confiarmos nossa vida, então ele restaura aquilo que estava obstruído entre Deus e nós e faz um novo começo conosco. Você consegue reconhecer quanto valor você tem aos olhos de Deus? Percebe o quanto Deus a ama? Se você nunca havia orado a Jesus Cristo, então faça-o agora! Você não tem nada a perder, somente a ganhar. Ele venceu o pecado e até venceu a morte. Ele vive e espera por você! Ele deseja perdoar todos os seus pecados e conceder a você uma vida nova e eterna. No entanto, é necessário que você vá a ele, voluntariamente. Ore ao Senhor Jesus. Orar não significa declamar preces pré-formuladas, mas conversar com ele como se fosse uma pessoa ao seu lado, e em quem você pode confiar plenamente. Ele ouve e atende! 

Sete lições clássicas da história de Cinderela

Existe algo sobre a Cinderela – de seu espírito gentil e inocente até seus brilhantes sapatos encantados – que a torna uma das mais queridas princesas da Disney para as meninas. Uma donzela em perigo.

Embora tenha havido tentativas de dar a sua personagem uma versão moderna, sua história (independentemente da versão cultural que você leia) funciona melhor quando ainda está enraizada em lições universais de gentileza, justiça e paciência. Pessoalmente, sempre admirei Cinderela por sua beleza interior e bondade, e pelas lições poderosas que sua história ensina – lições atemporais que os pais podem ensinar a seus filhos em todas as idades e de diferentes origens.

1- Sempre seja amável, não importa o que aconteça. Um pouco de bondade faz uma grande diferença, e sem dúvida Cinderela é uma alma amável. Sua bondade pode fazer com que ela pareça permissiva (especialmente quando sua malvada madrasta e suas irmãs estão sobrecarregando-a com tarefas domésticas!). Mas, de fato, tem uma certa força silenciosa que a faz permanecer amável da forma como ela age com as pessoas, sejam senhoras idosas feias que se tornam fadas madrinhas ou animais indefesos. A bondade de Cinderela permite que ela seja desinteressada, seja grata e agradeça aos outros. Dica: ajude as suas filhas a entender a importância da gentileza e da generosidade, e lembre-se de mostrar também aos outros pais alguma gentileza!

2- Seja corajosa e arrisque. De alguma forma, depois de um longo dia de trabalho árduo, Cinderela ainda encontra a coragem de dizer: “Eu posso ser tratada como uma empregada doméstica, mas eu também mereço ir ao Baile Real”. Ela tenta ir com sua família adotiva, mesmo que não consiga ir dessa forma. E mesmo quando isso acontece, ela ainda é corajosa o suficiente para arriscar um passeio em uma carruagem de abóbora para passar algumas horas curtas, mas gloriosas, dançando. Dica: desde uma idade jovem, incentive a coragem e independência para que sua filha cresça para ser uma desbravadora.

3- Não deixe que os obstáculos a detenham. Esta lição vai de mãos dadas com a segunda lição. Em vez de ficar em casa, chorando, varrendo e tendo uma festa solitária depois que seu primeiro vestido de festa é arruinado, Cinderela permanece determinada e resiliente para atender ao Baile Real. Mesmo que a transformação mágica desapareça à meia-noite e mesmo quando a madrasta tenta impedi-la de tentar o sapato precioso, Cinderela ainda encontra uma maneira de experimentá-lo. Dica: Edifique  sua filha para não desistir quando as coisas ficam difíceis; Em vez disso, inspire-a a continuar tentando e perseverando.

4- Nunca Pare de Sonhar. Há uma razão pela qual o lema da Disney para a Cinderela é “Ouse Sonhar” e por que o filme animado está ancorado na música, “A Dream is a Wish Your Heart Make (O sonho é um desejo que seu coração faz)”. Ela acredita que suas circunstâncias podem mudar, e ela não desiste de seus sonhos. Então, quando ela realmente tem a oportunidade de mudar certos momentos, ela já está preparada para abraçá-los. Dica: nunca é muito cedo para definir metas (realizáveis), que podem orientar a sua filha para um futuro feliz e uma vida bem-sucedida.

5- Acredite em Você. Cinderela é capaz de continuar sonhando porque acredita em si mesma e em seu valor. Ela lembra de seus pais amorosos e sabe que ela é mais do que a empregada encarregada das tarefas domésticas. Apesar de suas circunstâncias difíceis e sua difícil família adotiva, ela ainda escolhe ser gentil e corajosa, perseverar e permanecer firme em tentar mudar e se encarregar de sua vida. Dica: Aumente a autoestima da sua filha (mas tenha cuidado para evitar o narcisismo), então ela saberá que ela tem a capacidade inata de realizar qualquer coisa!

6 – Seja humilde.

7 – Reverencie, honre e respeite o Príncipe Encantado.

Quando as probabilidades são contra você

Juízes 7: 1-8

A história de Gideão oferece orientação bíblica para momentos em que as chances são esmagadoras e a derrota parece iminente. Independentemente dos seus desafios, o Senhor é capaz de demonstrar o seu poder incrível e livrar você.

Deus usa de dificuldades para construir fé. Gideão estava disposto a acreditar em Deus e a enfrentar um exército quatro vezes maior do que o seu. Confiar no Senhor é um processo que deve ser aprendido através da experiência. Às vezes, Deus leva as pessoas que ele planeja usar e as coloca em situações impossíveis – assim elas descobrem que Ele é fiel. Podemos preferir adquirir fé ao ler um livro, mas o Senhor sabe que a melhor sala de aula é um lugar de total desamparo.

Deus pode exigir que façamos o que não parece razoável. Os israelitas já estavam em grande número, mas o Senhor ordenou que Gideão reduzisse o exército para apenas 300 homens. Isso fez com a diferença entre exércitos fosse de 450 para um! Embora os caminhos de Deus possam parecer ilógicos para nós, Sua sabedoria e poder são muito maiores do que os nossos, e seu plano pode ser confiável.

Deus nos leva a fazer o que Lhe traz glória. O exército de Gideão era tão pequeno que seus homens não podiam acreditar na vitória. O Senhor se deleita em demonstrar o seu poder e glória incríveis através da nossa fraqueza e inadequação.

Pense nos desafios da vida como oportunidades para o Senhor construir sua fé e prepará-lo para o ministério. Ele usa aqueles que estão dispostos a obedecê-Lo mesmo quando a tarefa parece ilógica ou impossível. E Ele se agrada em mostrar Sua fidelidade a quem confia Nele, independentemente da situação.

Treinamento no Deserto

“Assim, Saulo ficou com eles, e andava com liberdade em Jerusalém, pregando corajosamente em nome do Senhor. Falava e discutia com os judeus de fala grega, mas estes tentavam matá-lo. Sabendo disso, os irmãos o levaram para Cesaréia e o enviaram para Tarso.” (Atos 9:28-30)

Se o apóstolo Paulo tivesse se convertido ao cristianismo em nossos dias, sua história certamente seria lançada em um livro. Ele estaria discutindo sua inesperada conversão em todos os programas de entrevistas e compartilharia seu testemunho dramático em igrejas de todo o país.

O problema é que, às vezes, quando uma pessoa de alguma notoriedade professa a sua fé em Cristo, nós, cristãos, queremos imediatamente impulsioná-la para frente.

Mas ela pode não estar pronta ainda. A Bíblia nos diz que não devemos levantar um novato, ou um novo crente, “para que não se ensoberbeça e caia na mesma condenação em que caiu o diabo” (1 Timóteo 3:6). Às vezes, uma celebridade que professa sua fé em Cristo é elevada a um lugar de liderança, apenas para cair mais tarde. Isso porque não estava pronta. Novatos precisavam de tempo para se preparar.

Após a conversão de Paulo na estrada de Damasco, ele passou a obter seu diploma de “ministro do deserto”. Ele foi enviado para o deserto, em um exílio, para ser preparado para o serviço. Paulo não precisava de promoção; ele precisava de reclusão.

Na verdade, Deus deixou muita gente em forma no deserto. Foi onde Davi se preparou enquanto observava seu pequeno rebanho de ovelhas, nunca percebendo que estava sendo preparado para ser o maior rei da história de Israel.

Moisés também passou um tempo no deserto. Ele passou 40 anos na corte do faraó, achando que fosse alguém. Depois passou outros 40 anos no deserto, achando que não fosse ninguém.

E então ele passou 40 anos descobrindo o que Deus pode fazer com alguém que percebe que não é ninguém.

O mesmo aconteceu com Paulo. E o mesmo pode acontecer com você.

Pânico?

“Como vai você?” – Muitos respondem com uma observação sem significado algum: “Mais ou menos! A gente vai levando! – A erva daninha não desaparece!”. Essa reação não é nada mais do que uma manobra elegante de ocultação, a tentativa de não permitir que se veja nossas cartas. No entanto, Jesus Cristo, que deu sua preciosa vida e morreu por você, deseja saber como você realmente está se sentindo. Ele deseja ouvir de você o porquê do seu constante desânimo. Ele deseja que você diga a ele por que os medos e temores constantemente o oprimem.

Diante da afirmação acima, você ainda tem algum motivo justificado de estar desanimado? De olhar amedrontado ao seu redor? De olhar para milhares de abismos? Não, não tenha medo. Erga a sua cabeça. Siga seu caminho sinceramente. O Senhor está ao seu lado. Você não será atingido pelas setas envenenadas que o inimigo dispara contra você. Os “sustos” que constantemente pretendem paralisar seus pensamentos não são nada além das conhecidas confusões armadas pelo inimigo. Os planos malignos arquitetados por ele são rasgados em mil pedaços pelo Senhor. O pai da mentira não tem outra intenção a não ser a de causar pânico. Diante da pergunta dele: “Onde o seu Deus está agora?”, Jesus contrapõe sua soberana e onipotente palavra: “Não tema – eu sou a sua esperança”!

Por que você fica inquieto com tanta facilidade? Não esqueça que o inimigo consegue facilmente, por meio de falsas preocupações e medos exagerados, levá-lo a tomar decisões precipitadas. É justamente assim que você se envolve em dificuldades. Lembre-se que o seu Pai celestial, que deseja lhe reerguer com essa promessa, espera que você tenha plena confiança nele. E como ele detém todo o poder no céu e na terra, você não deveria continuar reprimindo sua alma com milhares de temores. Pelo contrário! Dirija seu olhar firmemente para o seu Deus Onipotente. Não se baseie na insuficiência das suas próprias forças, mas no ilimitado poder e graça de seu Senhor. Ele é poderoso, principalmente nos fracos. Você acha que o Senhor Jesus de fato se descuidaria de você, permitindo que haja muitos fardos sobrecarregando você?